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Delegados do RN se negam a negociar com Pedro Lopes e suspendem operações

A Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Norte fez duras críticas ao secretário de Administração do Rio Grande do Norte, Pedro Lopes. Em nota publicada em suas redes sociais, no início da tarde desta terça-feira (9),

Delegados do RN se negam a negociar com Pedro Lopes e suspendem operações
Delegados do RN se negam a negociar com Pedro Lopes e suspendem operações (Foto: Reprodução)

A Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Norte fez duras críticas ao secretário de Administração do Rio Grande do Norte, Pedro Lopes. Em nota publicada em suas redes sociais, no início da tarde desta terça-feira (9), a Adepol disse que não negocia mais reposição salarial com o secretário. Os delegados acusam o secretário de ser “rancoroso” devido a uma investigação que foi realizada contra ele.
“A Adepol não irá negociar com o secretário de Administração, Pedro Lopes, que tem apresentado comportamento pouco profissional e rancoroso com a Polícia Civil possivelmente pelo fato de ter sido investigado pela instituição, inclusive com um mandado de busca e apreensão cumprido em sua residência. Infelizmente, e de maneira lamentável, o secretário não soube separar as coisas, e tem agido, de forma bastante clara, com o objetivo de retaliar qualquer tratativa do Governo do RN junto aos Delegados de Polícia e toda a Polícia Civil”, disse a nota.
Há pouco mais de um ano, Pedro Lopes foi alvo de investigação da Polícia Civil. Pedro Lopes foi um dos coordenadores de um programa de distribuição de máscaras pelo Governo do Estado durante a pandemia da Covid-19, o “RN Mais Protegido”, e também participou do “RN Mais Unido” e “RN Chega Junto – Solidariedade Natalina”, que tratavam da doação de cestas básicas às famílias que estavam com dificuldades econômicas e de subsistência no Rio Grande do Norte. Os programas foram alvos de investigações e, pela apuração da Polícia Civil, poderiam ter sido utilizados com fins eleitoreiros e até desvios de recursos públicos. Ao todo, o “RN Mais Protegido” distribuiu 6,5 milhões de máscaras a mais de 2 milhões de norte-riograndenses, ainda de acordo com o secretário, contando com mais de mil entidades e voluntários envolvidos. Além disso, foram distribuídos 10 mil unidades cestas básicas, o correspondente a 100 toneladas de alimentos que foram doados por empresas no estado. “Em ambas atuei como voluntário”.
Sobre a investigação, Pedro Lopes negou qualquer irregularidade e fez duras críticas à delegada que comandou a investigação. Em nota encaminhada em março do ano passado, o secretário disse que aguardava “a abertura do sigilo do processo judicial que ensejou os mandatos de busca e apreensão para tomar conhecimento da petição acostada pela delegada responsável pelo caso, Karla Viviane, pois aqui aproveito para recordar sua atuação desastrosa no inquérito que culminou na prisão ilegítima da auditora fiscal Alyne Bautista, em abril de 2021”.
Confira na íntegra a nota da Adepol:
Em assembleia realizada na manhã de hoje, 09, a categoria dos Delegados de Polícia tomou decisões importantes, sinalizando que está insatisfeita com os rumos que a negociação para reposição salarial e proteção do CRI tomou junto ao Governo do Estado.
A ADEPOL não irá negociar com o Secretário de Administração, Pedro Lopes, que tem apresentado comportamento pouco profissional e rancoroso com a Polícia Civil possivelmente pelo fato de ter sido investigado pela Instituição, inclusive com um mandado de busca e apreensão cumprido em sua residência. Infelizmente, e de maneira lamentável, o secretário não soube separar as coisas, e tem agido, de forma bastante clara, com o objetivo de retaliar qualquer tratativa do Governo do RN junto aos Delegados de Polícia e toda a Polícia Civil.
Ficou decidido, igualmente, pela suspensão da comunicação social. Os Delegados de Polícia não irão mais alimentar a comunicação social do Governo do RN com os resultados dos trabalhos desenvolvidos em suas unidades, qualquer informação será prestada apenas pessoalmente, a bem do sigilo da investigação e em conformidade com o decidido na assembleia.
As constantes operações policiais, que se tornaram rotina no RN, estão suspensas, uma vez que dependem do trabalho extraordinário dos Delegados de Polícia, que laboram fora do seu horário de expediente, planejando, fundamentando e executando as ações da Polícia Civil
Finalmente, deliberou-se pelo fim integral do trabalho extraordinário remunerado através de diárias operacionais. Se eventualmente a Diretoria Executiva da ADEPOL sinalizar nesse sentido após a reunião que irá ocorrer no dia de hoje, às 15 horas, com o Governo do RN, os Delegados de Polícia não serão mais voluntários para os plantões Regionais e demais eventos propostos pela Administração Superior da Polícia Civil e Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social.

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